Por definição os
Miomas são tumores benignos oriundos de uma fibra muscular. Apesar de serem
benignos, podem ter crescimento rápido ou lento, são muito vascularizados e
podem sangrar muito, são mais comuns na raça negra, e dependendo do tamanho causam
compressão de órgãos adjacentes ou hemorragia. Também podem ter outras
intercorrências menos comuns.
A classificação
dos Miomas é feita de acordo com sua localização. Se forem externos ao útero
são chamados de suberosos, se forem dentro da parede do útero são chamados de
intramurais, e se forem internos a parede uterina são chamados de submucosos.
Os miomas geralmente aumentam
de tamanho com os ciclos menstruais por serem dependentes de hormônio.
Em termo de fertilidade os miomas submucosos são os mais prejudiciais por causarem um processo inflamatório local e atuarem como um DIU (dispositivo intra-uterino) sendo um “corpo” estranho dentro do útero, impedindo assim a implantação do embrião. Os externos e intramurais só serão prejudiciais para a fertilidade se tiverem tamanho exagerado.
O
tratamento dos miomas pode ser medicamentoso, cirúrgico ou obstrutivo. No
tratamento medicamentoso são utilizados hormônios (progesterona ou análogos de
GnRH) que causam um bloqueio dos ciclos e sem os hormônios os miomas regridem. O
tratamento cirúrgico pode ser feito por via abdominal por uma cirurgia
minimamente invasiva (Video-laparoscopia) ou por via vaginal através da
Histeroscopia, isso depende da localização e tamanho do Mioma. Há também o
método de embolização que “entope” os vasos que alimentam o mioma, sem nutrição
específica o mioma regride de tamanho.
Muitas vezes a retiradas dos miomas resolvem a infertilidade e é possível engravidar naturalmente. Por sua vez a fertilização in vitro não resolverá se não for retirado o mioma.
Amanhã continuarei com a série sobre Infertilidade Feminina e falarei de Ovários Policísticos...
Abraço
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